sábado, 18 de julho de 2009

Mitos e verdades da profissão:MODELO ☺

O fenômeno da globalização tem levado agências de propaganda, editoras e produtoras de vídeo, cinema e TV a buscarem novos rostos que venham representar culturas e etnias diferentes. Cada vez mais a imagem substitui a palavra e nesse sentido um rosto bonito num corpo saudável diz muito. Além disso, há uma carência de modelos masculinos de padrão internacional no mercado mundial. Em parte isso se deve a um fator cultural, já que a beleza feminina sempre foi valorizada, enquanto que a masculina esteve relegada a segundo plano e cercada por todos os tipos de preconceito. O outro fator é que os anos 90, além de desmistificarem uma série de tabus, fizeram emergir o perfil de um homem mais vaidoso e mais preocupado com sua aparência e bem estar. Seguiu-se a isso um boom de consumo de produtos voltados à beleza masculina, que gerou a busca de rostos e corpos que pudessem representar esse novo conceito de homem, mais vaidoso e menos preconceituoso. Muito se especula a respeito da vida de modelo. Como todas as outras profissões, só sobrevive no mercado quem se profissionaliza. O glamour é mais fantasia do que realidade. O cotidiano do modelo se traduz numa preocupação constante com a pele, o cabelo, o corpo através de alimentação balanceada. O que se busca é saúde. Não existe para o modelo masculino o ideal de beleza cadavérico que se impõe às top models femininas (20 quilos a menos que a altura), mas tampouco ele pode ter alguns quilinhos a mais. Mais ou menos musculoso, não importa. Ele tem que estar com o corpo em cima, vendendo saúde. Esporte é fundamental, mas isso não significa que o modelo tenha que passar três horas diárias malhando numa academia. Natação, ginástica, corrida, capoeira e outros exercícios aeróbicos podem ter resultados esteticamente tão bons ou até mesmo superiores que as horas monótonas gastas numa academia. O uso de esteróides e anabolizantes é totalmente desaconselhável, embora exista um nicho de mercado para halterofilistas, normalmente no segmento de roupa esportiva. Modelos de passarela devem ser altos, normalmente acima de 1.80 m. Modelos fotográficos, não. Modelos com carreiras bem estruturadas chegam bem aos 30 anos, mas o mercado funciona em sua maioria para aqueles que tenham entre 16 e 25 anos. Cada vez mais modelos se tornam atores como uma extensão de sua carreira e até por uma questão de sobrevivência. Basta assistir às novelas da TV para perceber isso. Portanto, aqueles que quiserem investir no seu desenvolvimento profissional devem incluir em seu currículo aulas de teatro, dança, canto, passarela, vídeo, além de duas línguas fundamentais, o inglês e o espanhol. Lógico que quem começa normalmente não tem nada disso, mas se analisarmos os currículos dos modelos mais bem sucedidos vamos encontrar três ingredientes fundamentais: beleza, profissionalismo e humildade. A beleza é o fator motivador, o profissionalismo é o que pode manter o modelo por mais tempo na estrada e a humildade é o que leva o verdadeiro profissional a aceitar os nãos ao longo da carreira e a encarar o envelhecimento com dignidade.

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