quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Modelos Esqueleticas. Elas voltaram!

Estava acompanhando o blog Moda Sem Frescura (http://www.modasemfrescura.com/ ) e me deparei com esta reportagem sobre modelos magras, muito magra. Eu tinha percebido de como as modelos estavam magras. No desfile que acompanhei no SPFW, por exemplo, a primeira modelo não se equilibrava. O caso tinha abafado, mas voltou. Anorexia? Fanatismo pela profissão? Eu não sei. Talvez o Alcindo Leite possa explicar melhor.

De tão magras, modelos chegam a andar com dificuldade

Por ALCINO LEITE NETO e VIVIAN WHITEMAN, da Folha de S.Paulo.

“Chegou a um nível irresponsável e escandaloso a magreza das modelos nas semanas brasileiras de moda. As garotas, muitas delas recém-chegadas à adolescência, exibem verdadeiros gravetos como pernas e, no lugar dos braços, carregam espécies de varetas desconjuntadas. De tão descarnadas e enfraquecidas, algumas chegam a se locomover com dificuldade quando têm que erguer na passarela os sapatos pesados de certas coleções.” (…)

“Uma rede de hipocrisia se espalhou há anos na moda, girando viciosamente, sem parar: os agentes de modelos dizem que os estilistas preferem as moças mais magras, ao passo que os estilistas justificam que as agências só dispõem de meninas esqueléticas. Em uníssono, afirmam que eles estão apenas seguindo os parâmetros de beleza determinados pelo “mercado” internacional –indo todos se deitar, aliviados e sem culpa, com os dividendos debaixo do travesseiro.” (…)

“Enquanto isso, as garotas emagrecem mais um pouco, mais ainda, submetidas também a uma pressão psicológica descomunal para manterem, em pleno desenvolvimento juvenil, as características de um cabide. Um emaranhado de ignorâncias, covardias e mentiras vai sendo, assim, tecido pelo meio da moda, inclusive pelos estilistas mais esclarecidos, que não pesam as consequências do drama (alheio) no momento em que exibem, narcisicamente, suas criações nas passarelas.” (…)

“O filósofo italiano Giorgio Agamben escreveu que as modelos são ‘as vítimas sacrificiais de um deus sem rosto’. É hora de interromper esse ritual sinistro. É hora de parar com essas mistificações da moda, que prega futuros ecológicos, convivências fraternais e fantasias de glamour, enquanto exibe nas passarelas verdadeiros flagelos humanos.”

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